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Mostrando postagens com o rótulo Historieta de Segunda-Feira

O JUMENTO FILÓSOFO

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por:  * J. Xavier Filho O garoto cochilava, já tarde da noite, no banco da praça, à espera da D-20 que o levaria pra casa, lá no Sítio do Toco. Ele tinha assistido aula do curso de Filosofia dada pelo Professor Telêmaco. O garoto toma um susto e é despertado por um jumento que comia seu caderno de anotações. Ele ficou imaginando a transformação que o jegue sofreria: ele talvez se transformasse num perfeito prefeito. *Conheça mais Historietas de Xavier Filho  http://jxavierfilho.blogspot.com

CARNAVAL NA VÁRZEA

por: José Xavier Filho Eles eram em três e planejaram pular o Carnaval no Clube. Para isso eles não compraram fantasias, pois achavam que só camisetas seriam adequadas, o calor seria, com toda certeza, infernal. Compraram bisnagas de lança perfume para jogar nas garotas. O que eles não sabiam é que Dona Zélia, a sogra do Presidente do Clube, havia passado a ordem proibindo o uso de camisas de mangas curtas. Quem as estivesse usando seriam expulsos incontinente. Dito e feito quando o Batoba entoava a marchinha do ano “Viva o Zé Pereira” e os três pulavam feito doidos atrás das meninas chega o Seu Paulo e dá a ordem fatídica: - Fora! Vocês estão fora! Não houve pedido de pai nem de tio que resolvesse. Eles tiveram de sair no melhor da festa. A vingança deles foi, ao passar pelo hall de entrada cheio de mocinhas e rapazes esperando uma vaga para entrar eles jogaram ao chão com força as ampolas de “Columbina” que ao estourarem pareciam tiros de pistola.  *Leia mais Historietas de S...

Vamos demolir a Matriz?

C om seu prestígio não foi difícil conseguir audiência com o Comendador, ele foi o primeiro. Chegou sobraçando muitos rolos de papel, nitidamente plantas arquitetônicas e de engenharia. Ele foi dizendo, mesmo antes de ser convidado a sentar-se: - Comendador, eu quero lhe mostrar um negócio que vai nos deixar rico! - Mas nós já não somos muito ricos... - É, mas dessa vez é muito mesmo! Quer ouvir? - Sim, diz lá. - Tenho um projeto para construir um condomínio na Praça da Matriz! No centro da praça! Talvez isso envolva até a própria igreja... - Que loucura é essa, rapaz? - Olha, a praça está praticamente abandonada, tem uma área enorme e fica no centro da cidade. A construção e incorporação de residências luxuosas lá vão recuperar o prestígio do centro. Você sabe que o Coronel Fulano ... continuar

Historieta de Segunda-Feira

Conversa fiada por: J. Xavier Filho E stavam os dois amigos a caminhar na Beira Mar quando Carlinhos aproximou-se e foi logo dizendo: - Vocês estão sabendo o que está se passando com o nosso amigo? José Oscar e Jorginho disseram que não sabiam, não estavam a par, seria alguma doença grave? - Não gente! Nada disso! É o Instituto deles, que está ruim das pernas! - E por quê? Perguntou Jorginho. - Rapaz eles estão precisando de suporte financeiro e por isso estão numa campanha danada para angariar novos sócios. Eles disseram, quase ao mesmo tempo, vamos lá, vamos ajudar o IJX! (Você pode transformar essa brincadeira em caso sério: peça informação de como associar-se pelo email do Instituto José Xavier ( institutojosexavier@yahoo.com.br ) OU acesse o seu site: http://institutojx.tripod.com/ OU deposite R$ 100,00 – custo da anuidade – na conta do IJX: Agência 3473-8, conta 17.828-4, Banco do Brasil, CNPJ: 06.347.847/0001-23).
Ella 5 por: José Xavier Filho Seu vestido claro lhe chegava aos pés e Ella usava um enorme chapéu e os óculos escuros lhe escondiam os olhos. Sentada à uma mesa de café bem diante da escadaria da Praça de Espanha Ella tinha uma bela visão. Para qualquer lado que voltasse seu rosto via, com seus olhos de lince, centenas de outros dos mais diferentes feitios e cores. Seria uma escolha difícil. Talvez o que primeiro levantasse? Ou o primeiro oriental? Ou talvez aquela indiazinha sul americana, ou o lombardo de barba loura? Podia ser um dos japoneses com uma câmara digital ou o brasileiro moreno de cabelos espetados? Quando sua escolha foi feita Ella chamou a candidata, pois era uma garota, até a mesa do café e, sem cerimônia, puxou a mão da loirinha americana e disse: - Vamos, tá na sua hora. Acesse o BLOG JOSE XAVIER FILHO

Hitorieta de Segunda-feira

O PRIMO por: *José Xavier Filho A jovem sentada no banco do trem tinha ao lado sua mãe, e à frente seu irmão mais velho. Os dois tinham ido buscá-la na capital onde ela tinha ido a convite do primo Zezinho. Na viagem a mocinha se queixava de um enorme enjôo e de muitos incômodos. Sua mãe perguntava o que era aquilo e ela respondia: Ah! Aqueles beijos falsos... *Veja o blog http://jxavierfilho.blogspot.com / você encontrará diversas pequenas histórias, além de fotos da série Vistas da Granja.

Historietas de Segunda-feira

Inspiração por: José Xavier Filho Os amigos descobriram que ele só trabalhava se fosse "tocado" por alguma coisa, tipo uma caninha, um baseado ou mesmo uma cafungada. Nada disso. George Fox sabia qual era seu estímulo: uma musa ou melhor, diversas musas. Como algumas o haviam abandonado, recentemente, sua produção estava em baixa. Foi aí que ele descobriu uma nova, enterrada no pé da serra, servindo à mesa da casa do avô Inásso. Ele perguntou seu nome e pediu-lhe licença para tirar sua foto. George lhe disse que ela era bonita e mostrou-lhe a máquina com a foto. Ela olhou com um olhar distante e disse: - Que bonita nada, eu nem sei! Num enxergo. Eu tenho retinite pigmentar e num tem cura!

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA

Coleção da Saúde por *José Xavier Filho Jorge Luis estava escrevendo uma historinha para enviar para os amigos de sua lista de endereços. Já estava bem adiantado e começava assim: “Bonifácio estava na idade que se diz ser a terceira. E isto parecia ser um bom motivo para ele viver nos médicos, aliás, nas médicas e doutoras, pois ele tinha um ‘penchant’ para profissionais de saúde do sexo frágil e, lógico, bem mais jovens que ele. Sua cardiologista era a Dra. Eclair, oftalmologista a Dra. Chandra, a otorrinolaringologista chamava-se Dra. Alice, a ortopedista era a Dra. Vicência, a Dentista era a Dra. Haila, a psiquiatra a Dra. Adamir, a psicóloga era a Dra. Ivone e alguma outra que ele estava esquecendo – Cabeleireira não vale? E porque não? A Márcinha era uma verdadeira doutora do corte. Enfim. Para cada uma delas ele tinha um tratamento que parecia ser diferenciado, mas no fundo era....” Subitamente ele sente uma presença por cima de seu...

Historietas de Segunda-Feira

Figuras por José Xavier Filho A noite estava muito quente e Jorge demorou a pegar no sono. Assim pelas três horas acorda agitado e suado. Ele tinha tido muito trabalho na fábrica, nos últimos dias. Levantou-se e, sonolento, foi até à cozinha. Abriu a geladeira, pegou água em um copo e, mesmo antes de bater a porta, começou a beber. Deixou um resto de água no copo e, olhando de um lado para o outro, como a certificar-se que estava sozinho, jogou o resto de água na parede para ver as figuras ou manchas formadas. Veja a coleção dessas historietas e mais as da série Povo da Malhadinha http://jxavierfilho.blogspot.com/

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA

CAMINHADA por: José XAvier Filho Ela parece uma gazela ao caminhar pela borda pintada de amarelo do calçadão. Não obedece às "leis de trânsito", pois tanto na ida quanto na volta ela vai por ali. Seu cabelo é solto e ela usa um boné de pala grande contra o sol inclemente; veste uns shortinhos discretos e camisetas que sugerem ter estado em Noviorque. Traz preso a um dos braços um radinho ou um medidor de alguma coisa. Será de batimentos cardíacos? Caminha com um passo mais apressado que o dele de tal sorte que se cruzam por três vezes durante a caminhada de uma hora. Ele tem, por isso, oportunidade de examiná-la nos mínimos detalhes. O caminhar apressado de uma corça salienta seu rosto de miss, seu busto firme e uma bundinha de anjo barroco. Ela chama a atenção de todos - homens e mulheres. Nunca trocou um olhar com ele, pudera! Ela é a garota mais bonita que caminha no calçadão. Veja a coleção dessas historietas e mais as da série Povo da Malhadinha http://jxavierfilho.blo...

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA

O Talzinho por José Xavier Filho -Este criança ser descendente de Neandertal! Foi isto que disse o sueco quando viu o menino, encontrado na "Piedra del Padre" em Barinas, nos Andes venezuelanos. Ele foi criado por Dona Emerenciana, mulher do Coronel, sem filhos e rica. Todos o chamavam de “Talzinho”, devido a esse provável parentesco longínquo. Aos quinze anos Talzinho ganhou o mundo, à procura de alguém como ele. Foi para a capital e logo se relacionou com políticos e fez carreira na atividade. Certo dia encontrou uma jovem parecida com ele e logo estavam namorando e cedo casaram. Talzinho resolveu voltar para sua cidade. Mal chegando lá, percebeu um grande movimento político ao qual aderiu: fazia discursos inflamados contra tudo e todos e comprou muitos votos. Elegeu-se alcaide na primeira eleição. Quando seu mandato estava chegando ao fim ele soube que não poderia concorrer a um próximo. Acontece que, dias antes do registro das candidaturas, depois de grande porre, Talzin...
Historietas de Segunda-feira por: J. Xavier Filho Papagaios Assobia Jorginho, assobia forte! Jurandir gritava para ele ajudar, com seu assobio, o vento chegar; sem vento não podia soltar o papagaio novo que ele havia comprado dos meninos por dostões. Eram dois irmãos: o Jurandir e o Chico. Eles eram mestres em muitas coisas como fazer papagaios e soltá-los, soltar fogos nos dias de festa da Igreja, fazer carrinhos de madeira e carrinhos de rolimã. Os papagaios vinham completos: a carretilha, uma gerinconça feita de madeira que suportava um carretel grande de linha zero, vazio e uma manivela que fazia com que o carretel girasse por meio de um eixo de arame; a linha a gente comprava e ajudava a passar o pó de vidro com cola, se quisesse usar o cerol. Quando ficou pronto o seu, Jorginho atendeu ao pedido do Jurandir: - Assobia Jorginho, assobia forte! Certa noite, durante uma novena de São José, após uma tarde inteira soltando papagaios os dois irmãos começam a soltar foguetes de um tiro ...
HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA Companhia da Fraternidade por: J. Xavier Filho Todos os domingos eles se reuniam no sitio que fora da família e era ocupado agora somente por sua mãe, já idosa. Eles iam almoçar com ela, saborear um de seus muitos pratos típicos: buchada de bode, de cabrito, panelada, ensopado de miolos, tripas ao molho de alcaparras, feijoada à moda, rabada e o escambáu. Em um domingo chuvoso, reunidos, eles descobriram que estavam todos desempregados. Após muita conversa e muita cerveja eles resolveram botar um restaurante aproveitando os dotes de sua mãe. Obtida a concordância desta os sete irmãos começam uma discussão a respeito do nome da nova casa. Um deles sugeriu: "A cozinha da D. Nenen"; já outro: "A toca do sertão"; ainda outro sugeriu: "Buchada & Cia". Eles não haviam chegado a um acordo quando sua mãe falou com sua vozinha mansa: - Eu acho que fica bom é assim, "A cantina dos sete irmãos e sua mãe".
HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA Água de Lourdes *por J. Xavier Filho E le estudava todas as noites até a madrugada, pois precisava tirar notas boas. Isto era sempre cobrado em casa; tinha de ser um dos melhores, senão o melhor. Certa madrugada cansou de estudar o texto para uma prova de Geologia, pois estava um calor de rachar. Tinha muita sede: havia tomado dois Pervitins. E no final não aprendera nada. Foi à geladeira e viu uma garrafinha de água com um rótulo azul que ele nem leu. Retirou a tampa de metal e tomou uns poucos, mas bons goles, recolocando a garrafinha de volta. No dia seguinte, com a prova à sua frente, ele achou que não responderia uma só questão. Ledo engano, foi só começar que tudo veio à sua mente com uma clareza espantosa, parecia um milagre. Quando voltou da prova, esperando um dez, encontrou sua irmã a reclamar que, ao abrir a geladeira, vira que sua garrafinha continha somente metade do volume original. Ela logo identificou quem havia tomado meta...